Diego Guimarães Gouvêa
Urologista e Cirurgião Geral

A ablação a laser da próstata é um tratamento minimamente invasivo para a hiperplasia benigna da próstata (HPB) e, em alguns casos, o câncer de próstata. Também conhecida como eletrovaporização ou fotovaporização seletiva da próstata, utiliza laser para remover ou destruir o tecido prostático que está bloqueando o fluxo urinário. Realizada através da uretra, é menos invasiva que a cirurgia tradicional e geralmente oferece recuperação mais rápida, menor risco de sangramento, e menos tempo com cateter na bexiga. Tem indiscutível vantagem sobretudo em pacientes que utilizam medicações que interferem na coagulação sanguínea, tais como AAS, , Marevan, etc.

A enucleação endoscópica da próstata é um procedimento cirúrgico para tratar a hiperplasia benigna da próstata (HPB). Utiliza alguma fonte de energia para enucleação, ou seja, para remover cuidadosamente o excesso de tecido prostático, aliviando a obstrução do fluxo urinário. A enucleação pode ser feita com Laser de Holmium (HoLEP), Laser de Thuliam (ThuLEP), Laser Verde (GreenLEP), Energia Bipolar (BipolEP). É um tratamento minimamente invasivo considerado eficaz para próstatas de todos os tamanhos e oferece benefícios como recuperação mais rápida e risco reduzido de sangramento em comparação com métodos cirúrgicos tradicionais. HoLEP é especialmente recomendado para pacientes com próstatas significativamente aumentadas. Tem o potencial de remover maior quantidade de tecido quando comparado com as ressecções endoscópicas, além de também gerar material para análise histopatológica.

A vaporização PlasmaButton™ é uma opção cirúrgica disponível aos médicos para o tratamento da hiperplasia prostática benigna. É um avanço inovador em relação à RTU convencional, na qual o tecido da próstata é removido com mais cuidado usando energia plasmática de baixa temperatura. Ao contrário da RTU convencional, este novo procedimento não corta e raspa o tecido com uma alça nem o queima com um laser, mas vaporiza suavemente o tecido com um pequeno eletrodo em forma de botão. Usando energia de baixa tensão, é criado um campo de plasma que reveste o botão semiesférico. O tecido em contato com este campo de plasma é vaporizado. O cirurgião utiliza uma técnica única de flutuação, de modo que praticamente não há necessidade de contato direto entre o botão e o tecido. Este botão avançado não apenas vaporiza o tecido aumentado, mas também coagula o tecido saudável restante e deixa uma superfície lisa. O sangramento durante e após a cirurgia pode ser minimizado desde o início, incentivando um rápido processo de cicatrização.

A opção de cirurgia aberta como forma de tratamento cirúrgico da HPB foi a primeira a ser realizada. Através de um corte no abdome inferior, o urologista chega até a próstata com objetivo de retirar apenas o adenoma, ou a parte interna da próstata que se encontra aumentada nesses casos de Hiperplasia Benigna da Próstata (HPB). Esse acesso pode ser feito através da abertura da bexiga (Prostatectomia Parcial Transvesical) ou da cápsula prostática (Prostatectomia Parcial Suprapúbica ou Millin). Cada acesso (transvesical ou suprapúbico) apresenta vantagens e desvantagens e a escolha depende de vários fatores, como o tamanho da próstata, a presença ou não de lobo mediano e a experiência do cirurgião. Vem sendo substituída nas últimas décadas por cirurgias menos invasivas, pois requer usualmente um tempo de internação mais prolongado, além de chances maiores de complicações pós-operatórias.

Consiste nos mesmos preceitos técnicos da cirurgia aberta de Prostatectomia Parcial Transvesical, ou seja, o objetivo é retirar a parte interna da glândula, ou adenoma. Porém, nesse caso, o acesso à cavidade é feito através de pequenos orifícios, ou portais, nos quais são posicionados dispositivos (trocáteres) que dão passagem aos instrumentais. Esses instrumentais sofreram profundas modificações em relação aos instrumentais classicamente utilizados nas cirurgias abertas, pois necessitam passar por portais de diâmetro milimétrico. Além disso, passamos a utilizar conjuntos de câmeras e óticas de altíssima resolução, que melhorou muito a visualização das estruturas manipuladas durante a cirugia. Esse avanço todo resultou em vários benefícios aos pacientes, como menor tempo de hospitalização, menores taxas de infecção hospitalar, menor tempo de retorno às atividades habituais, etc.

Consiste basicamente na mesma cirurgia realizada por laparoscopia, porém com avanços significativos no instrumental e na ergonomia do cirurgião. Nessa modalidade, ainda se utilizam os preceitos técnicos da laparoscopia, como gás insuflado na cavidade abdominal (pneumoperitônio) para melhor visualização dos órgãos alvo. No entanto, a qualidade da imagem e a precisão dos movimentos foram significativamente aprimorados na robótica, resultando em ganhos indiscutíveis aos pacientes.